O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª
Vara Criminal de Goiânia, proferiu decisão de pronúncia contra o vigilante
Tiago Henrique Gomes da Rocha, no processo que apura o homicídio de Marcos
Aurélio Nunes da Cruz, ocorrido por volta das 3 horas do dia 3 de novembro de
2012, sob a marquise de um supermercado na Rua R-1, no Setor Coimbra. O
magistrado também decretou a sua prisão preventiva. Ele será julgado pelo
Tribunal do Júri por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e com
utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
É a 22ª vez que Tiago
Henrique – suspeito de ser serial killer – é mandado a júri popular. Somente na 1ª Vara Criminal da capital
(Goiânia), ele responde a 32 ações de homicídio, com apenas uma arquivada. O
vigilante já foi condenado a 3 anos de reclusão em regime aberto por porte
ilegal de arma, na 8ª Vara Criminal de Goiânia, e a 12 anos e 4 meses de prisão
por dois assaltos a uma mesma agência lotérica, na 10ª Vara Criminal de
Goiânia. Ele também responde a ações criminais na 2ª Vara Criminal de Goiânia e
na 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia.
De acordo com a pronúncia,
ficou comprovada a materialidade delitiva, uma vez que o Laudo de Exame
Cadavérico concluiu que a morte de Marcos Aurélio ocorreu por traumatismo
crânio encefálico por projétil de arma de foto, bem como o Laudo Pericial de
Local de Morte Violenta. Quanto aos indícios de autoria, foram juntados aos
autos depoimentos de policiais que participaram das investigações bem como
termo de exibição e apreensão dos objetos encontrados na casa de Tiago
Henrique.
Jesseir de Alcântara afirmou que Tiago Henrique, conforme trechos dos
interrogatórios perante a autoridade policial, acompanhado de sua defensora, se
reconheceu nas imagens extraídas de câmeras de segurança das proximidades do
local do fato. “No ano de 2014, a sociedade goiana se viu assombrada por uma
série de homicídios praticados, a princípio, sem motivação e de autoria
desconhecida, sabendo-se apenas que o autor dos crimes tratava-se de um
motoqueiro que agia de forma cautelosa, atingindo as suas vítimas com disparos
certeiros, evadindo-se em seguida sem deixar rastros de sua ação. Várias
famílias foram desoladas, tendo arrancadas do seu convívio familiares, sem
qualquer explicação”, afirmou o magistrado na decisão.
Tiago Henrique foi acusado
pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) por homicídio, com as
qualificadoras de motivo torpe e com emprego de recurso que impossibilitou a
defesa da vítima. Segundo o MPGO, no dia do crime, ele trafegava em sua motocicleta,
buscando aleatoriamente mais uma vítima “para saciar o seu ódio incontido”. Ao
deparar-se com Marco Aurélio dormindo sob a marquise de supermercado, desceu da
moto, caminhou em sua direção e deu um tiro contra sua cabeça. Em seguida,
fugiu do local. A defesa do vigilante argumentou que ele foi pressionado em seu
primeiro interrogatório na delegacia e que não existem provas que possam
atribuir-lhe a prática do assassinato. (Texto: João Carlos
de Faria/Foto: Aline Caetano - Centro de Comunicação Social)
Casos envolvendo
Tiago Henrique em que já há decisão de pronúncia
Ana Lídia Gomes – O crime ocorreu no dia 2 de agosto de 2014, no Setor Cidade
Jardim. A vítima aguardava transporte em um ponto de ônibus quando foi atingida
por um tiro no peito, disparado por um homem em uma moto preta. Decisão de
pronúncia proferida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara Criminal de
Goiânia. Encontra-se em grau de recurso.
Juliana Neubia Dias – O crime ocorreu no dia 26 de julho de 2014, no Setor Oeste.
A vítima, de 22 anos, que trabalhava como auxiliar administrativa foi morta na
avenida D, no Setor Oeste, com um tiro no pescoço e outro no tórax, dentro co carro do namorado, um Fiat
Palio, quando pararam no semáforo. O assassino estava parado em uma moto,
usando capacete, e aproximou-se do veículo e atirou contra ela. A audiência foi
realizada no dia 25 de março, pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas. Decisão de
pronúncia proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia.
Lilian Sissi
Mesquita e Silva – O crime ocorreu no
dia 3 de fevereiro de 2014, na Cidade Jardim. A vítima foi assassinada com um
tiro de revólver calibre 38 no peito quando buscava os filhos na escola. A
audiência foi realizada no dia 25 de março, pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas.
Decisão de pronúncia proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia.
Bárbara Luíza
Ribeiro Costa – O crime ocorreu no
dia 18 de janeiro de 2014, no Setor Lorena Park. A vítima estava sentada no
banco de uma praça esperando pela avó quando um homem em uma motocicleta atirou
no peito dela. Decisão de pronúncia proferida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas,
da 1ª Vara Criminal de Goiânia. Encontra-se em grau de recurso.
Wanessa Oliveira
Felipe – O crime ocorreu no
dia 23 de abril de 2014, dentro de uma farmácia no Bairro Goiá, em Goiânia. A
vítima entrava na farmácia quando um homem usando capacete se aproximou dela e
disparou um tiro em seu tórax. A audiência foi realizada no dia 5 de março de
2015. Decisão de pronúncia da 2ª Vara Criminal de Goiânia, proferida pelo juiz
Antônio Fernandes de Oliveira. O processo foi deslocado para a 1ª Vara Criminal
de Goiânia. Atualmente encontra-se em grau de recurso (recurso de sentido
estrito).
Carla Barbosa de
Araújo – O crime ocorreu no
dia 23 de maio de 2014, no Setor Sudoeste, em Goiânia. A vítima, de 15 anos de
idade, andava por uma rua do bairro, na companhia da irmã, quando foi abordada
por um suposto assaltante, em uma moto preta, que pediu o telefone celular.
Como ela estava sem aparelho, foi atingida com um tiro no peito. Decisão de
pronúncia da 2ª Vara Criminal de Goiânia, proferida pelo juiz Lourival Machado
da Costa. Atualmente encontra-se em grau de recurso (recurso de sentido
estrito), distribuído para o gabinete do desembargador José Paganucci Júnior.
Ana Karla Lemes da
Silva – O crime ocorreu em
15 de dezembro de 2013, no Jardim Planalto. Ana Karla, de 15 anos, foi morta
com um tiro no peito. A audiência foi realizada no dia 25 de março, pelo juiz
Eduardo Pio Mascarenhas. Decisão de pronúncia proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª
Vara Criminal de Goiânia.
Isadora Aparecida
Cândida – O crime ocorreu no
dia 1º de junho de 2013, no Setor São José. Isadora levou um tiro no peito
disparado por um homem usando capacete e em uma motocicleta preta, que
aproximou-se dela e anunciou um assalto. O aparelho celular que ela entregaria
ao suposto assaltante caiu no chão e o homem a agarrou pelo braço e atirou nas
costas dela. A jovem estava com o namorado. A audiência foi realizada no dia 25
de março, pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas. Decisão de pronúncia
proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia.
Thamara da Conceição
Silva – O crime ocorreu no
dia 15 de junho de 2014, na esquina da Rua 3 com a Alameda Botafogo, no Centro.
A vítima levou um tiro no peito, disparado por um motociclista. Ela estava
sentada no banco de uma praça no local, ao lado do namorado, quando foi assassinada.
A mulher estava grávida de cinco meses e o feto também morreu. A audiência foi
realizada no dia 26 de março de 2015. Decisão de pronúncia proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no
dia 21 de maio de 2015.
Taynara Rodrigues da Cruz – O crime ocorreu no
dia 15 de junho de 2014, no Bairro Goiá. Ela conversava com uma amiga na praça,
que fica na diante da escola na qual ela estudava, quando o suspeito chegou em
sua motocicleta e atirou. Ainda segundo a investigação, o suspeito mandou a
outra garota correr para também não ser baleada. Decisão de pronúncia proferida
pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 2 de junho de 2015.
Arlete dos Anjos
Carvalho – O crime ocorreu no
dia 28 de janeiro de 2014, no Bairro Goiá. A vítima caminhava pela Rua Potengui, falando ao celular,
quando foi abordada pelo assassino, que anunciou assalto. Antes que ela pudesse
esboçar qualquer reação, o homem, que estava em uma motocicleta vermelha,
atirou no peito da jovem e fugiu em seguida. Decisão de pronúncia proferida pelo
juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 27 de maio de 2015.
Pedro Henrique de
Paula Souza – O crime ocorreu no
dia 20 de junho de 2014, na esquina da Avenida T-2 com Rua C-52, no Setor Sol
Nascente, em Goiânia. O estudante estava sentado na mesa de um restaurante
quando um homem parou a motocicleta, desceu, caminhou na direção do rapaz e,
sem dizer uma palavra, efetuou o disparo e fugiu. Decisão de pronúncia
proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 3 de junho de 2015.
Ana Rita de Lima – O crime ocorreu no dia no dia 13 de dezembro
de 2013, na Vila Santa Tereza, na capital. A jovem caminhava sozinha pela
rua quando foi abordada por um homem em uma moto preta. Ele anunciou um
assalto, mas atirou na vítima antes que ela manifestasse qualquer reação. DEcisão de pronúncia proferida
pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 8 de junho de 2015.
Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves – O crime ocorreu no dia 8 de maio de 2014, por
volta das 22h30, em um ponto de ônibus na Avenida T-9. A jovem aguardava o
ônibus ao lado de um colega de trabalho, quando um homem parou a moto sobre a
calçada e anunciou um assalto. Antes que ela lhe entregasse o aparelho, o homem
deu um tiro na vítima. Decisão de pronúncia proferida pela juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no
dia 9 de junho de 2015.
Beatriz Cristina
Oliveira Moura – O crime ocorreu no
dia 19 de janeiro de 2014, na Rua C-181, no Setor Nova Suíça. A vítima
dirigia-se a uma panificadora da região quando foi abordada por um homem em uma
motocicleta. Ele simulou um assalto e antes que a vítima tivesse qualquer reação
levou um tiro no peito, morrendo no local. Decisão de pronúncia proferida pelo
juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 10 de junho de 2015.
Adailton dos Santos
Farias – O crime ocorreu no
dia 31 de julho de 2014, na Rua Anchieta, no Setor Rodoviário, A vítima saiu de
casa e encontrou-se com uma amiga, com quem teve uma breve conversa. Em
seguida, seguiu pela rua, quando foi abordado por um homem em uma motocicleta,
que anunciou um assalto e determinou que a vítima colocasse as mãos no chão.
Logo depois, o suposto assaltante deu dois tiros na vítima e fugiu. Decisão de
pronúncia proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 11 de junho de 2015.
Mauro Ferreira Nunes – O crime ocorreu no dia 28 de fevereiro de 2014, na Avenida
Neder Meyer, na Vila Canaã, dentro do estabelecimento Eskema Imagens. A vítima estava
no estabelecimento quando foi abordado pelo suspeito do crime, que parou sua
moto na porta da loja e entrou, anunciando um assalto. Mauro Ferreira não
esboçou reação mas foi atingido com um tiro no peito. Decisão de pronúncia proferida
pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 11 de junho de 2015.
Rosirene Gualberto da Silva – O crime ocorreu por
volta das 22h30 do dia 19 de julho de 2014, na Avenida Anhanguera, no Setor dos
Funcionários. A vítima estacionava o carro para ir até uma casa de danças
quando um homem parou sua moto ao lado do motorista e anunciou um assalto. A
vítima se preparava para entregar-lhe as chaves do carro quando levou um tiro
no peito. A bala também atingiu o braço da irmã da vítima. Decisão de pronúncia
proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no dia 16 de junho de 2015.
Janaína Nicácio de Souza – O crime ocorreu por volta das 21h40 do dia 8 de maio de
2014, n o Buteko da Mainha, na Rua C-1, no Jardim América. A vítima estava sentada
em uma mesa na companhia de um amigo. Um homem parou sua moto na rua, desceu e
caminhou na direção de Janaína Nicácio de Souza e deu-lhe um tiro no peito, cujo projétil atingiu-lhe
coração e pulmão. Decisão de pronúncia proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no
dia 17 de junho de 2015.
Valdivino Luiz
Ribeiro - O crime ocorreu no
dia 11 de outubro de 2012, na esquina das Ruas 3 e 24, no Centro. A vítima dormina na calçada quando foi
atingida por um tiro na cabeça. O projétil atravessou a cabeça de Valdivino e
não foi localizado pela perícia técnica. Decisão de pronúncia proferida pelo
juiz Jesseir Coelho de Alcântara no dia 20 de julho de 2015.
Aleandro Santos Miranda – O crime ocorreu no
dia 20 de novembro de 2011, na guarita da empresa para a qual prestavam serviço
de segurança na Avenida Perimetral, na Zona Industrial Pedro Abrão, em Goiânia.
A vítima foi morta a facadas. Decisão de pronúncia proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no
dia 31 de julho de 2015.
Marcos Aurélio Nunes
da Cruz – O crime ocorreu no
dia 3 de novembro de 2012, sob a marquise de um supermercado na Rua R-1, no
Setor Coimbra. A vítima foi morta com um tiro na cabeça. Decisão de pronúncia
proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara no dia 17 de agosto de 2015.
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